De acordo com dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, o transtorno do espectro autista (TEA) afeta 1 em cada 36 crianças no país. Embora esses dados não sejam específicos para o Brasil, é importante abordar esse tema devido à sua relevância.
O TEA é uma condição que afeta o desenvolvimento neurológico e se manifesta de diferentes maneiras, tornando cada caso único. Neste artigo, vamos explicar o que é o TEA, como é feito o diagnóstico e quais são as formas de tratamento e apoio disponíveis.
As pessoas com TEA apresentam dificuldades no comportamento social, na linguagem e comunicação. É comum a ocorrência de repetições de ações específicas e o interesse intenso por objetos ou atividades particulares.
De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), essas manifestações são mais evidentes nos primeiros cinco anos de vida, acompanhando os pacientes na adolescência e na fase adulta. Isso explica por que algumas crianças têm um desenvolvimento mais lento em comparação com outras da mesma idade.
Durante esse período, é importante estar atento a sinais do TEA, como falta de contato visual, falta de resposta a estímulos externos, dificuldade em se adaptar a mudanças na rotina e agitação excessiva em ambientes públicos ou barulhentos. É fundamental buscar a avaliação de um especialista para um diagnóstico preciso.
O TEA é classificado em três níveis de acordo com os critérios diagnósticos da 5ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5):
1. Autismo leve (nível 1): Neste grau, as pessoas apresentam dificuldades na comunicação social e flexibilidade de comportamento, mas conseguem se adaptar a algumas situações sem necessidade de apoio significativo. Comportamentos repetitivos e interesses intensos podem estar presentes, mas não atrapalham significativamente a rotina diária.
2. Autismo moderado (nível 2): Neste nível intermediário, as dificuldades na comunicação social e flexibilidade de comportamento são mais significativas, exigindo apoio moderado para se adaptar a diferentes situações. Os interesses restritos e comportamentos repetitivos limitam a participação em atividades diversas e dificultam a interação com outras pessoas. Pode haver atraso na fala ou comunicação desconexa.
Existem diferentes níveis de Transtorno do Espectro Autista (TEA) que podem variar de leves a graves. No nível 3, chamado de autismo severo, as pessoas apresentam limitações mais acentuadas. Elas têm pouca ou nenhuma comunicação verbal, dificuldade em entender as emoções dos outros e resistência a mudanças na rotina. Essas pessoas precisam de apoio contínuo para se adaptar às situações e muitas vezes têm interesses restritos e comportamentos repetitivos.
O diagnóstico do TEA é feito por uma equipe multidisciplinar composta por pediatras, psicólogos, psiquiatras e neurologistas. Eles avaliam vários aspectos do paciente, como a comunicação, interação social e coordenação motora. Esses profissionais também aplicam questionários padronizados e entrevistam os responsáveis para validar o diagnóstico.
O diagnóstico precoce é fundamental, pois permite que a criança receba tratamentos e intervenções que favoreçam seu desenvolvimento e qualidade de vida. No entanto, muitas pessoas só são diagnosticadas tardiamente, principalmente aquelas com sintomas leves que não afetam muito sua rotina. Isso pode ocorrer devido à falta de informação, estigma, negação ou falta de profissionais capacitados.
O tratamento do TEA é individualizado e contínuo, levando em consideração as características, potenciais e dificuldades de cada pessoa. Não há uma abordagem padrão, mas existem diferentes tipos de terapia comportamental que visam ensinar habilidades sociais, emocionais e de comunicação, além de reduzir comportamentos indesejados ou repetitivos.
É importante buscar fontes confiáveis e ajuda especializada para entender melhor o TEA e suas necessidades. O diagnóstico tardio não significa que não haja possibilidades de melhora. Com o acompanhamento adequado, as pessoas com autismo severo podem desenvolver habilidades, se relacionar com os outros e ter uma vida equilibrada.
O apoio de profissionais especializados e da família é essencial para ajudar pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na socialização, realização de tarefas do dia a dia e aprendizado. A criação de um vínculo de confiança é o objetivo dessa abordagem, para que o indivíduo não fique isolado devido ao transtorno.
A terapia ocupacional é um tratamento que busca estimular o desenvolvimento motor, sensorial e cognitivo, promovendo a autonomia e participação nas atividades diárias. Pode envolver o uso de brinquedos, jogos, materiais adaptados e estratégias lúdicas e motivadoras.
A terapia fonoaudiológica busca melhorar as habilidades de linguagem, fala e audição, além de favorecer a compreensão e expressão de sentimentos e necessidades. Recursos visuais, gestuais, sonoros e tecnológicos podem ser utilizados para facilitar a comunicação.
A terapia medicamentosa não cura o TEA, mas pode aliviar sintomas associados, como ansiedade, irritabilidade, hiperatividade, insônia e depressão. A prescrição e acompanhamento devem ser feitos por um psiquiatra.
O acompanhamento médico deve ser multidisciplinar, com pediatras, psicólogos, psiquiatras e neurologistas trabalhando em equipe. É importante contar com o apoio de especialistas para cuidar tanto da pessoa com TEA quanto da família.
O uso do cordão de girassol é uma forma de sinalizar que a pessoa tem dificuldades de comunicação e interação social. É um pedido por paciência e respeito, e pode ajudar a pessoa a se sentir mais confortável e segura em ambientes públicos.
O cordão de girassol personalizado para pessoas com TEA traz peças de quebra-cabeça, símbolo da luta pela visibilidade dessa condição. Incentivar o uso do acessório e conscientizar outras pessoas sobre a importância do respeito pode promover uma sociedade mais gentil e inclusiva.