Você já notou pequenas bolinhas brancas ou amareladas na sua pele? Essas são chamadas de milium e são nódulos endurecidos que podem aparecer nas pálpebras, abaixo dos olhos, perto do nariz e nas bochechas. Embora seja mais comum em recém-nascidos e crianças, pessoas de qualquer idade podem desenvolver essas bolinhas na pele, o que pode afetar a autoestima em casos de adultos. Mas afinal, o milium é perigoso para a saúde?
O milium é um tipo de cisto benigno formado por uma proteína chamada queratina, que é produzida naturalmente pela pele. Esses nódulos não causam desconforto ou coceira, e também não apresentam sintomas de alergia, como vermelhidão e inflamação. No entanto, a maior preocupação está no aspecto estético.
Existem dois tipos principais de milium: o primário e o secundário. O milium primário é mais comum em bebês e crianças, podendo ser congênito. Esses nódulos costumam aparecer no rosto, ao redor dos lábios, no céu da boca e na gengiva. Na maioria dos casos, não há problemas de saúde associados, mas em algumas situações raras, certas doenças genéticas da pele podem causar esses nódulos, por isso é importante consultar um pediatra.
O milium secundário, por sua vez, pode surgir devido ao uso de certos medicamentos, queimaduras de sol, cicatrizes cirúrgicas ou traumas na pele. Em resposta a esses estresses, a pele tenta se recuperar produzindo queratina em excesso, o que leva ao aparecimento dos nódulos de milium no rosto ou em outras partes do corpo. Além disso, algumas doenças também podem causar milium, como epidermólise bolhosa, líquen atrófico e porfiria cutânea, por isso é indicado consultar um dermatologista para obter um diagnóstico preciso.
Embora o milium não represente grandes perigos para a saúde, é importante buscar a orientação de um dermatologista para avaliar o melhor tratamento. Com o acompanhamento adequado, é possível reduzir a aparência dessas bolinhas na pele. Lembre-se também de cuidar da sua pele diariamente, com uma rotina de limpeza adequada e uso de protetor solar.
Conclusão, embora o milium seja uma condição estética comum, não é algo perigoso para a saúde. No entanto, é recomendado consultar um dermatologista para um diagnóstico correto e indicação do tratamento mais adequado, caso sinta necessidade. Cuide da sua pele e não se preocupe com essas bolinhas brancas ou amareladas.
Quando encontramos pequenas bolinhas na pele, é importante analisar cuidadosamente para determinar se são de fato um milium. Isso ocorre porque esses nódulos podem se assemelhar a outras condições, como o xantelasma, que são pequenos depósitos de gordura causados por altos níveis de colesterol. Outra possibilidade é o siringoma, um tumor benigno minúsculo resultante das glândulas sudoríparas.
Para determinar com precisão, é necessário analisar as estruturas e realizar uma anamnese com o paciente para entender melhor suas condições gerais de saúde. Em alguns raros casos, uma biópsia pode ser necessária.
O tratamento para o milium pode ocorrer de diferentes maneiras, dependendo do tipo:
– No caso do milium congênito, as bolinhas geralmente desaparecem espontaneamente à medida que a criança cresce.
– Para o milium primário ou secundário que afeta adultos, algumas intervenções cirúrgicas e técnicas de cauterização podem remover essas bolinhas. É importante destacar que esses procedimentos são realizados principalmente por motivos estéticos, uma vez que os cistos não representam riscos à saúde.
É essencial ressaltar que todas as decisões devem ser tomadas sob a orientação de um dermatologista. Somente esse especialista possui os conhecimentos, ferramentas adequadas e técnicas corretas para remover essas estruturas sem causar danos significativos.
Além disso, é importante evitar espremer as bolinhas de milium. Ao contrário da acne, elas não possuem secreção e a pressão exercida pode resultar em ferimentos e infecções.
Em caso de dúvidas ou necessidade de tratamento, a equipe de dermatologistas está disponível para cuidar de você e de sua família. Agende uma consulta e receba o cuidado adequado.
Fontes:
– Penfigoide bolhoso e milia: prevalência e achados clínicos-laboratoriais em amostra brasileira
– Dermatologia na Atenção Básica de Saúde – Ministério da Saúde (MS)
– Milia – National Library of Medicine
– Siringomas periorbitários – Excisão com tesoura de castroviejo. Experiência em 38 pacientes e revisão da literatura – Scielo.